A criatividade é genética ou aprende-se? |
Afinal o que é isto
da criatividade?
Em termos simples e não
científicos, resume-se à acção de criar algo diferente e útil.
Qualquer pessoa consegue
fazê-lo? Creio que não. Existem pessoas que só conseguem fazer algo seguindo
instruções e são incapazes de o fazer de outra forma.
Outras, porém, não
conseguem seguir um livro de instruções ou uma receita de culinária, por exemplo; estas são
as criativas. As suas cabecinhas pensadoras estão sempre a congeminar ideias
diferentes e inovadoras e por isso aborrecem-se num simples pegar de um livro de
instruções. Fazê-lo, não só te torna um tédio como uma ameaça à sua
inteligência.
Numa época em que a
competitividade e o marketing se torna cada vez mais feroz, tentam vender a ideia que a
criatividade é, no entanto, algo que se aprende num curso de formação dando-lhe
títulos como “criatividade e inovação”, “criatividade aplicada” ou outro nome elaborado
e relacionado.
Estes cursos proliferam
na Internet e são vendidos de diversas formas, alguns deles apenas pela compra
de um ebook.
Seguindo este raciocínio,
ser criativo é acessível a qualquer pessoa; lê-se um livro, faz-se um curso de
formação e “plim” a criatividade nasce em nós. Atrevo-me a chamar isto de
publicidade enganosa.
Mas como há sempre várias
opiniões, umas cientificas e outras nem tanto, há alguns meses atrás, o departamento de psicologia da California State University, nos
Estados Unidos da América, publicou um relatório sobre o trabalho desenvolvido
por Nancy Segal, co-autora do estudo e professora de psicologia da
universidade, em que se concluiu que a nossa criatividade é determinada por factores genéticos e ambientais.
Na minha opinião, valha ela o que valer, creio que a criatividade nasce como um dom que vem escrito no código genético. Este é cultivado ao longo da vida, com um forte alicerce na inspiração, sustentada também pela intuição.
Na minha opinião, valha ela o que valer, creio que a criatividade nasce como um dom que vem escrito no código genético. Este é cultivado ao longo da vida, com um forte alicerce na inspiração, sustentada também pela intuição.
Um criativo não tem
necessariamente a ver com genialidade nem sequer ser mais inteligente que um
não criativo, muito embora os haja, não se deve, no entanto, fazer disso uma regra.
Apenas tem a ver com ser
diferente, ter uma predisposição congénita para criar, e nada mais.
Alguém que não tem em si
uma réstia de gene criativo não vai conseguir sê-lo por fazer formação nessa
área ou ler um livro com tutoriais de como poderá chegar lá.
Nem todos podem ser criativos como Steve Jobs,
Bill Gates ou Mark Zuckerberg, (nomeando apenas alguns) mas todos deveriam seguir as
suas vocações de forma genuína em vez de perseguir as tendências do momento que
normalmente não dão grande resultado.
Gina
14.3.2013
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