quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Boas Festas
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Virgínia Dias
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Boas Festas
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Young and Beautiful - Lana Del Rey
Algumas semanas atrás foi-me dado o grato prazer de ouvir um arranjo
musical deste tema “Young and Beautiful” de Lana Del Rey que não irei aqui
partilhar por fazer parte de uma composição longa e com outras músicas, um
chamado DJ Set.
Casualidade ou não, no dia anterior, numa longa viagem de carro, havia
ouvido o tema original, o qual, como sempre o faço quando viajo sozinha - cantarolei como se não houvesse amanhã, dando também como me é habitual muita
importância à lírica.
Young and Beautiful |
O dito locutor disse algo no sentido de ridicularizar as preocupações de
Lana Del Rey e das mulheres em geral, que segundo ele deveriam ter mais em que
se preocupar. Ou seja, equiparando a mensagem ou melhor a pergunta premente na
lírica da música com o partir uma unha, por exemplo.
Opiniões e preocupações são únicas e legítimas de cada um e eu prefiro
não as discutir, inflacionar ou minimizar, até porque também tenho as minhas,
mas de facto fiquei a pensar mais no tema.
Mas voltando ao início, montando melhor o cenário do enquadramento de
como ouvi o tal arranjo musical que quase me deixou viciada neste tema, eis que
depois da tal longa e cansativa viagem, levando como companhia apenas a música
da rádio, largas horas de trabalho físico me aguardavam no dia seguinte, algo
habitual na minha rotina.
O objectivo era conseguir terminar a tempo para uma pausa ao Sol, com
banhos de piscina intercalados, para refrescar e ajudar a relaxar os músculos
cansados, e a alma exausta.
Meta conseguida, uma vez deitada numa confortável espreguiçadeira forrada
pela minha amiga toalha azul (tinha de ser…), fecho os olhos e ouço o tema que
me levou a reflectir em situações muito interessantes da minha vida de um
passado recente e que para mim ficaram para a eternidade.
Como o tema foi muito apreciado não só por mim, foi colocado em replay
durante bastante tempo, dando-me a oportunidade de depois de o ouvir de olhos
fechados, o dançar dentro de água, coreografado aleatoriamente, fazendo parecer
um daqueles bailados de danças contemporâneas aquáticas.
Foi relaxante, foram momentos muito agradáveis que ficam na memória de
quem como eu, agradece a dádiva da vida de uma forma muito simples.
Mas afinal e a pergunta de Lana Del Rey e a música?
Para além de esta música ter uma
sonoridade poderosa que penso dar ainda mais profundidade à letra, onde é evidente que o acompanhamento de
orquestra ajuda… creio que a pergunta de Lana é muito pertinente para uma
mulher com a sua beleza e juventude.
Penso que a juventude e beleza física são algo importante e ao qual se dá
mais valor até se conhecer o outro lado que está para além do olhar aparente de
qualquer um.
A empatia existente nos laços afectivos, uma vez preenchidos por uma química
única, serve de selo dourado de garantia nas relações que vão para além do
tempo de qualquer jovem e belo, seja ele homem, seja mulher, até porque bem ao
contrário do que o locutor proferiu, nem só as mulheres têm este tipo de
preocupação; mas esta é apenas a minha humilde e mera opinião.
O busílis, é que nem sempre se consegue o tal selo dourado, e daí surgem
as dúvidas e preocupações como a que Lana Del Rey transmite no seu belíssimo
tema Young and Beautiful.
Deixo-vos agora com o vídeo do original de Lana Del Rey, e para quem como
eu, gosta de seguir a lírica, aqui vai não só a original em inglês, como a
tradução para português, feita por mim.
Note-se que esta tradução corresponde apenas ao que achei mais adequado
segundo o raciocínio da lírica, nunca intencionada no entanto, para a encaixar
na música, que para isso seria necessário um outro tipo de trabalho.
Young And
Beautiful
I’ve seen the world, done it
all
Had my cake now
Diamonds, brilliant
In Bel Air now
Hot summer nights, mid July
When you and I were forever
wild
The crazy days, the city
lights
The way you’d play with me
like a child
Will you still love me
When I’m no longer young and
beautiful?
Will you still love me
When I’ve got nothing but my
aching soul?
I know you will, I know you
will
I know that you will
Will you still love me when
I’m no longer beautiful?
I’ve seen the world
Lit it up as my stage now
Chaneling angels in a new age
now
Hot summer days, rock'n roll
The way you play for me at
your show
And all the ways I got to know
Your pretty face and electric
soul
Will you still love me
When I’m no longer young and
beautiful?
Will you still love me
When I’ve got nothing but my
aching soul?
I know you will, I know you
will
I know that you will
Will you still love me when
I’m no longer beautiful?
Dear Lord, when I get to
heaven
Please let me bring my man
When he comes, tell me that
you’ll let him in
Father, tell me if you can
All that grace, all that body
All that face makes me wanna
party
He’s my sun, he makes me shine
Like diamonds
And will you still love me
When I’m no longer young and
beautiful?
Will you still love me
When I’ve got nothing but my
aching soul?
I know you will, I know you
will
I know that you will
Will you still love me
When I’m no longer beautiful?
Will you still love me
When I’m no longer beautiful?
Will you still love me
When I’m not young and
beautiful?
Jovem e Bela
Vi o mundo,
fiz de tudo
Já tive a
minha parte
Diamantes,
brilhantes
Em Bel Air
Noites
quentes de verão, meados de julho
Quando éramos
sempre selvagens
Dias loucos,
as luzes da cidade
Como
brincavas comigo como uma criança
Ainda me
amarás
Quando não
for mais jovem e bela?
Ainda me
amarás
Quando não
tiver nada mais que a alma dolorida?
Eu sei que
irás, eu sei que irás
Eu sei que irás
Irás amar-me
quando já não for bela?
Vi o mundo
Iluminei-o
como meu palco
Canalizando
anjos em nova era
Dias quentes
de verão, rock'n roll
A maneira
como tocavas para mim no teu show
E todas as
maneiras que conheci
Teu lindo
rosto e alma eléctrica
Ainda me
amarás
Quando não
for mais jovem e bela?
Ainda me
amarás
Quando não
tiver nada mais que a alma dolorida?
Eu sei que
irás, eu sei que irás
Eu sei que irás
Irás amar-me
quando já não for bela?
Querido Senhor,
quando chegar ao céu
Por favor,
deixe-me trazer meu homem
Quando ele
vier, diga-me que o deixará entrar
Pai, diga-me
se puder
Toda aquela
graça, todo aquele corpo
Todo aquele
rosto me faz querer celebrar
Ele é o meu Sol,
ele me faz brilhar
Como
diamantes
E tu ainda
me amarás
Quando eu
não for mais jovem e bela?
Tu ainda me
amarás
Quando não
tiver nada mais que a alma dolorida?
Eu sei que
irás, eu sei que irás
Eu sei que
tu irás
Tu ainda irás
amar-me
Quando eu
não for mais bela?
Tu ainda
irás amar-me
Quando eu
não for mais bela?
Tu ainda irás
amar-me
Quando eu
não for jovem e bela?
Que todos encontrem e guardem o tal "selo dourado"!
Gina
6.9.2013
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domingo, 14 de julho de 2013
Esse Olhar Que Era Só Teu
Hoje apeteceu- me ouvir de novo "Esse Olhar Que Era Só Teu" dos Dead Combo e meditei
um pouco sobre o que me transmite.
Este tema musical diz tudo sem qualquer necessidade de
lírica.
De facto, todo o olhar é único e intransmissível, mas absorvê-lo, compreendê-lo e transmiti-lo de forma abrangente é ainda mais único e excepcional.
De facto, todo o olhar é único e intransmissível, mas absorvê-lo, compreendê-lo e transmiti-lo de forma abrangente é ainda mais único e excepcional.
Este tema "Esse Olhar Que Era
Só Teu" dos Dead Combo é sem dúvida tudo isso.
Para quem não conhece este grupo de Lisboetas que transpira talento
musical, aqui vai uma citação da Wikipedia:
A banda é constituída por dois membros
apenas: Tó Trips (guitarras) e Pedro V. Gonçalves (contrabaixo, kazoo, melódica e guitarras).
Os membros conheceram-se em 2001, quando
no final de um concerto, Tó pediu boleia a Pedro sem saber que este não tinha
carro. Foram então ambos a pé até ao Bairro Alto e, no meio da conversa, surgiu a ideia de gravarem um álbum em tributo ao
génio da guitarra portuguesa,Carlos Paredes.
Hoje lembrei-me deste tema "Esse Olhar Que Era Só Teu" dos Dead Combo porque me
arrepia no bom senso do seu significado através do transporte imaginário a
outras tempos, a outras eras.
Sou Lisboeta, e ao ouvir este tema,
apesar de não ser normalmente saudosista, sinto, além da emoção, uma saudade de
Lisboa dos tempos em que lá nasci e vivi.
A música, "Esse Olhar Que Era
Só Teu", transmite-me os cheiros a Lisboa que são uma mistura de mar, manjericos, as
flores à venda na Praça da Figueira, peixe fresco na brasa e pastéis de nata a
sair do forno, com canela, e as emoções da Lisboa dos pregões, das tascas, das esplanadas
cheias em noites de Verão, das tertúlias, do Parque Eduardo Sétimo
(meu parque preferido para o passeio de domingo), da Feira Popular, da Fonte
Luminosa em pleno funcionamento, dos Cacilheiros, do Fado e do génio da
guitarra Carlos Paredes.
Carlos Paredes cujo talento lhe corria literalmente nas veias porque lhe foi geneticamente
transmitido pelo seu pai Artur Paredes, foi amigo de meu pai quando eram
jovens.
Segundo meu pai, uma das suas escapadelas
de jovens era para os lados da serra de Sintra, onde o Carlos Paredes dava aso ao seu talento tocando para os
amigos, a guitarra que levara escondida dentro da gabardina, para que a sua mãe
não lhe ralhasse por considerar aquilo um acto leviano e de perda de tempo. Mal sabia, então, a senhora mãe de Carlos Paredes que o seu filho seria um génio admirado e seguido por tantos, sabe-se lá
por quantas décadas.
Deixo-vos a ouvir "Esse Olhar Que Era Só Teu" dos Dead Combo, na certeza que, mesmo os não Lisboetas
irão gostar, e sentir pelo menos um cheirinho do Portugal simples
e genuíno que ainda hoje existe apesar da globalização.
Gina
14.7.2013
14.7.2013
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15:25
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Esse Olhar Que Era Só Teu,
Lisboa
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Super-Lua-Cheia
Super-Lua-Cheia |
Há
dois dias tivemos a afamada Super-Lua Cheia a fazer-nos correr
de máquina fotográfica em punho para captarmos as melhores fotografias.
O fenómeno acontece uma vez por ano, quando a fase
de Lua Cheia ocorre perto do perigeu, ponto da
órbita da Lua mais próximo da Terra. No entanto, neste domingo passado, o
tamanho e o brilho da Lua Cheia foi ainda maior, diz-se que
mais 14%, o que apenas se repetirá dentro de 18 anos.
Apaixonada
pela Lua como eu sou, coleccionadora-mor de fotografias de
sua excelência e de uns quantos escritos sobre a mesma,
confesso que a olho-nu, pelo menos, pelas minhas paragens. não lhe consegui medir
os tais 14% a mais do normal. Confesso também que as fotografias que tirei não
ficaram nada de especial.
De
repente ouvi a canção do Frank Sinatra, Fly me to the Moon de
1964 a tocar incessantemente na minha cabeça e senti-me a voar daqui até mais
além! Entretanto fui verificar se havia alguma gravação com alguma qualidade e
aqui está uma delas.
Voar
até à Lua é que era! Mas fico apenas a ouvir a música que também é fantástica.
Gina
25-6-2013
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01:27
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Super Lua cheia
domingo, 5 de maio de 2013
Escrita Criativa
Escrita Criativa |
Os Cursos de Escrita Criativa ou Workshops estão na moda.
Nunca frequentei nenhum desses cursos ou workshops portanto não poderei opinar sobre a sua eficácia; imagino que serão úteis a
quem faça da escrita profissão.
Serei certamente criticada ao
dizer que não aprecio muito os textos literários pela sua densidade, muito
apesar de lhes reconhecer a sua grande riqueza e importância para a cultura literária,
mas é a minha opinião e preferência, apenas isso. Sempre que posso opto pela
leitura de um texto de escrita criativa
pela sua leveza.
Não sei onde se enquadrará a
minha escrita, mas na verdade gosto
de escrever de forma fluída seguindo apenas as regras básicas gramaticais e de pontuação.
Quanto ao resto, sigo o que o meu cérebro me vai ditando no momento, e isso
pode ser muito influenciado por diversos factores que apesar de serem externos,
me podem dominar quase que avassaladoramente o estado de espírito que dirige o meu
pensamento “escritor”.
Comecei a sentir o gosto pela escrita por volta dos 15 anos quando me
foi oferecido um daqueles diários todo bonitinho com fechadura e chave dourada.
Não sei o que terá acontecido a esse diário, e nem escrevi muito nele, mas creio
que serviu para despertar a curiosidade.
Escrevi imenso para a gaveta, com
as mudanças, muitos dos meus textos, amarelecidos com o tempo, andarão
espalhados por algumas arrecadações.
Um dia, decidi enviar um poema
para a Revista Evasões, já lá vão uns bons pares de anos e achei engraçado terem
publicado o dito.
Passados alguns anos, mais
concretamente em 2008, iniciei-me aqui neste blog inserindo alguns dos escritos
que tinha já guardado em computador, alguns desde 2002 creio eu.
Comecei a achar muita graça ao verificar
que me liam desde a Rússia, à China, à India e aos Estados Unidos. Curiosamente,
ainda hoje, mais de metade dos meus leitores são dos Estados Unidos da América.
Achei interessante ouvir um poema
meu ser recitado por alguém num auditório, num evento público, e penso que foi
aí que pensei que não devia parar.
Vou pois continuar a fazê-lo com duas
convicções, (1) sem qualquer tipo de pretensão sobre a qualidade da escrita, e (2) fazer algo que me dá
muito gosto ao mesmo tempo que o posso continuar a partilhar com pessoas tão
distantes mas separadas apenas por um clique.
Um grande bem-haja a todos os que
me seguem.
Gina
5.5.2013
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01:28
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sábado, 30 de março de 2013
Páscoa e o Sentido da Renovação
Páscoa e o Sentido da Renovação Tela em Acrílico ©Virgínia Dias |
Mais uma Páscoa há porta e quem quer abre-a; quem não sabe ou não
quer, fica apenas à volta da mesa dos comes e bebes.
Respeito quem não sabe, ou não
tem forças para abrir a porta que
por vezes é pesada e está meio encravada e perra.
Já estive assim, tinha uma porta
com as fechaduras enferrujadas e levei tempo a conseguir abri-la.
Um dia tive forças e escancarei a
porta celebrando a Páscoa de forma renovadora e diferente.
Penso que o problema está no medo
do desconhecido, há demasiadas pessoas a padecer desse mal. Preferem ficar enclausurados,
estagnados na irremediável rotina, que romper com ela, abrir a porta e sair correndo rumo a um futuro
melhor.
Também já saltei pela janela, para
não deixar escapar o momento oportuno e seguir outro caminho.
Quando me refiro a um futuro
melhor, é o do sentido da vida plena, não o do sentido da vida materialista
onde o dinheiro é rei.
O sentido da vida plena requer um nível de espiritualidade (não tem
a ver com religião) que vai-se desenvolvendo e aperfeiçoando ao longo do
caminho que decidimos percorrer.
Esse nível de espiritualidade só se consegue começar
a apurar a partir daquela Páscoa em
que decidimos abrir a porta ou janela e sair correndo respirando um ar novo e renovador,
cheio de silêncios que nos permitem ouvir a alma.
Celebrar a Páscoa entendendo que o seu significado é a Renovação faz sentido, e é dever de qualquer cristão, mas privilégio, apenas, para os que lhe abrem a porta.
Páscoa Feliz.
Gina
30.3.2013
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Virgínia Dias
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19:35
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sexta-feira, 29 de março de 2013
Estilos de Escrita, Ghost Writing vs. Autenticidade e Autoria
Estilos de Escrita, Ghost Writing vs. Autenticidade e Autoria |
Esta coisa da escrita tem muito que lhe diga.
Eu que gosto muito de fazer as coisas à minha maneira, uma irreverência minha, ninguém é perfeito
(!...); não aderi e não vou aderir ao novo
acordo ortográfico.
Não, não sou anarquista, simplesmente tenho uma cabecinha
pensadora que consegue discernir o que é útil e o que é disparate. Nesta idade
não vou certamente gastar os neurónios em disparates, tenho coisas bem mais
interessantes para aprender e fazer.
No caso do novo
acordo ortográfico, é um autêntico disparate que não serve para mais nada
senão gastar-se dinheiro, que poucos poderão ter em abundância para fazer
alterações em tudo que envolve escrita em língua portuguesa. Só por curiosidade
gostaria de saber esses números…mas enfim é mais uma daquelas coisas que me
irritam sem que nada possa fazer.
Posso, no entanto, dizer que se em 2015 for obrigatório,
passo a escrever noutra língua ou então como diz a canção “Chamem a Polícia”
porque eu não vou alterar nadinha.
Mas enfim, pensei escrever sobre a escrita não propriamente sobre o acordo ortográfico mas sim sobre estilos, autenticidade e autoria.
Na área da escrita em regime de freelancing fui “aliciada”
para escrever como “Ghost Writer”, que em português é algo como
"Escritor Fantasma", e estou assim como que entre as dez e as onze.
Para já, não gosto nada do nome que lhe dão, cá para mim os
fantasmas devem ser deixados em paz e sossego e tenho-lhes muito respeito, por
isso não me apetece escrever em nome de nenhum.
Depois, e aqui vem de novo a irreverência; ora se estou a escrever em nome de outra pessoa vou
ter de seguir as suas regras que serão certamente diferentes das minhas. Para
mim a escrita tem impressões digitais.
Gosto muito da minha escrita criativa e sem-cerimónias, a
não ser que esteja a escrever uma carta ou um documento específico que assim o
exija, pelo menos nesta área sinto que sou eu que mando com as minhas autênticas impressões digitais.
Por fim, mesmo que escreva muito disparate, assino-o sempre,
no entanto se for o tal “escritor fantasma” de alguém, tenho de me remeter ao
esconderijo dos escritores fantasmas,
a menos que o façam num Resort nas Ilhas
Fidji, em que eu possa estar a escrever com os pezinhos de molho em águas
cálidas e cristalinas, sentada no rebordo da varanda da minha cabana privada,
acho que não, acho que não vou aceitar.
Ainda vou pensar, mas cada um tem as suas condições, hum…não
sei não, mas as Ilhas Fidji até sabiam bem para contrastar a chuva que persiste
e insiste neste nosso rectângulo à beira–mar muito frio.
Gina
29.4.2013
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Virgínia Dias
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19:08
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quinta-feira, 21 de março de 2013
Recordando Palavras de Sophia
Dia
Mundial da Poesia - 21 de Março
Hoje não me atrevo a escrever nada original, neste dia em que, cada um recorda o seu poeta favorito.
Em jeito de homenagem, partilho um pequeno poema de uma das
minhas escritoras portuguesas preferidas, Sophia de Mello Breyner
Andreson.
Imagem retirada de caminho.leya.com |
" Pudesse Eu "
Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes
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Virgínia Dias
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Sophia de Mello Breyner Andreson
A Felicidade
O Dia Internacional da Felicidade foi ontem comemorado pela primeira vez
em todo o mundo, mesmo que tenha passado completamente despercebido a tantos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pretende que seja
"reforçado o compromisso para com o desenvolvimento inclusivo e
sustentável do ser humano" e que sejam "renovadas as nossas garantias
para ajudar os outros".
Datas e palavras interessantes,
que dão trabalho a organizações humanitárias e que na prática, sabe-se lá se
algum eco, alguma vez, será audível às massas responsáveis e replicado a ponto
de haver a tal diferença nos actos como se pretende (?!).
Mas para mim, tudo isto é bastante subjectivo e sem
querer dissecar sobre este assunto que seria demasiado longo, apenas medito
sobre a felicidade.
É inegável a necessidade de bem-estar como objectivo universal, mas também é
inegável que apesar de nem todos o terem, não tenham felicidade como um bem próprio e não alienável.
Ligar a felicidade ao bem-estar não passa de um cliché da moda ligada
à sociedade consumista.
À parte de celebrações com datas e palavras importantes em locais
com pompa e circunstância, em cada dia 20 de Março de cada ano, a felicidade é um estado de alma, e
é celebrada diariamente, de espírito aberto e elevado, a cada amanhecer.
Gina
21.3.2013
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Virgínia Dias
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sexta-feira, 15 de março de 2013
A Criatividade é Genética ou Aprende-se?
A criatividade é genética ou aprende-se? |
Afinal o que é isto
da criatividade?
Em termos simples e não
científicos, resume-se à acção de criar algo diferente e útil.
Qualquer pessoa consegue
fazê-lo? Creio que não. Existem pessoas que só conseguem fazer algo seguindo
instruções e são incapazes de o fazer de outra forma.
Outras, porém, não
conseguem seguir um livro de instruções ou uma receita de culinária, por exemplo; estas são
as criativas. As suas cabecinhas pensadoras estão sempre a congeminar ideias
diferentes e inovadoras e por isso aborrecem-se num simples pegar de um livro de
instruções. Fazê-lo, não só te torna um tédio como uma ameaça à sua
inteligência.
Numa época em que a
competitividade e o marketing se torna cada vez mais feroz, tentam vender a ideia que a
criatividade é, no entanto, algo que se aprende num curso de formação dando-lhe
títulos como “criatividade e inovação”, “criatividade aplicada” ou outro nome elaborado
e relacionado.
Estes cursos proliferam
na Internet e são vendidos de diversas formas, alguns deles apenas pela compra
de um ebook.
Seguindo este raciocínio,
ser criativo é acessível a qualquer pessoa; lê-se um livro, faz-se um curso de
formação e “plim” a criatividade nasce em nós. Atrevo-me a chamar isto de
publicidade enganosa.
Mas como há sempre várias
opiniões, umas cientificas e outras nem tanto, há alguns meses atrás, o departamento de psicologia da California State University, nos
Estados Unidos da América, publicou um relatório sobre o trabalho desenvolvido
por Nancy Segal, co-autora do estudo e professora de psicologia da
universidade, em que se concluiu que a nossa criatividade é determinada por factores genéticos e ambientais.
Na minha opinião, valha ela o que valer, creio que a criatividade nasce como um dom que vem escrito no código genético. Este é cultivado ao longo da vida, com um forte alicerce na inspiração, sustentada também pela intuição.
Na minha opinião, valha ela o que valer, creio que a criatividade nasce como um dom que vem escrito no código genético. Este é cultivado ao longo da vida, com um forte alicerce na inspiração, sustentada também pela intuição.
Um criativo não tem
necessariamente a ver com genialidade nem sequer ser mais inteligente que um
não criativo, muito embora os haja, não se deve, no entanto, fazer disso uma regra.
Apenas tem a ver com ser
diferente, ter uma predisposição congénita para criar, e nada mais.
Alguém que não tem em si
uma réstia de gene criativo não vai conseguir sê-lo por fazer formação nessa
área ou ler um livro com tutoriais de como poderá chegar lá.
Nem todos podem ser criativos como Steve Jobs,
Bill Gates ou Mark Zuckerberg, (nomeando apenas alguns) mas todos deveriam seguir as
suas vocações de forma genuína em vez de perseguir as tendências do momento que
normalmente não dão grande resultado.
Gina
14.3.2013
Publicada por
Virgínia Dias
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00:57
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terça-feira, 5 de março de 2013
How to/ Como
How to/Como e o Lixo Electrónico
O que faríamos hoje sem a ajuda do
nosso precioso e grande amigo Google? Pouca coisa. Aliás, quando por algum
motivo ficamos sem serviço de internet sentimo-nos despidos, como que, daquela
peça de roupa preferida; aquela que, pode estar já bastante usada, debotada e
coçada mas achamos que nos assenta bem que nem uma luva.
Perguntamos ao Google de tudo, e quase, por tudo e por nada. O facto, é
que encontramos respostas também para quase tudo, o que pode ser excelente não
fosse a fiabilidade das mesmas, algo, muitas vezes duvidosa.
Recentemente num trabalho no âmbito da pesquisa de
duplicação de dados em várias áreas, abismei-me ao dar-me conta da quantidade
de informação duplicada, triplicada e mais além, assim como a incorreção de
muitas dessas entradas.
A Google, através da Metaweb que comprou em 2010 para
melhoria em pesquisas mais complicadas e avançadas, já contractou pessoal extra
para identificar dados duplicados ou não correctos em vários agregadores de
informação tais como a Wikipedia, a IMDB e a Freebase, sendo que, pelo menos
nestas áreas será possível a médio prazo haver alguma melhoria na informação
encontrada.
A nível de outras áreas tais como, por exemplo, a procura de
“ como ganhar dinheiro/how to make money” a informação fornecida é gigantesca,
e infelizmente em grande parte, corresponde a spam, scam ou simplesmente
publicidade enganosa, o que nem por isso não deixe de proliferar como
cogumelos, ao que eu apelido de “lixo eletrónico”.
How to/Como e o Lixo Electrónico |
Colocam-se grandes questões e dúvidas sobre a fiabilidade da
informação que encontramos numa qualquer pesquisa efectuada no Google ou
qualquer outro motor de busca.
Reina o chamado “rewriting” por alguém que se apelida de
“ghostwriter” muitas vezes sem qualquer conhecimento técnico do que escreve, e
como ficamos sem saber quem é o autor, acabamos também sem saber em que, ou
quem, confiar.
Por tudo isto, creio que não só é necessário saber fazer a
pergunta ao nosso amigo Google como também ter alguma experiência de
pesquisa e conhecimentos vastos para que a mesma seja verdadeiramente útil.
Enquanto não houver alguém que faça uma boa limpeza ao “lixo
eletrónico” que prolifera por este mundo cibernauta, os “How to” e os “Como”
têm de se acompanhar de um bom discernimento, senão corre o risco de em vez de
informado fica muito enganado.
Gina
5.3.2013
Publicada por
Virgínia Dias
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16:47
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