Desde a adolescência que me apercebi que tinha um gosto especial pelas palavras escritas.
Comecei por gravá-las num diário que me foi oferecido quando fiz 15 anos. Era um diário de capa de cabedal bege com um cadeado e chave.
Iniciei a minha escrita naquelas páginas imaculadas para depressa as rasgar, tal era o medo, de apesar de o diário poder ser fechado à chave, alguém pudesse abri-lo na mesma, e ler o que eu lá tinha escrito. O diário passou a ficar vazio e eventualmente perder-se numa das muitas mudanças de casa.
Passei a escrever em folhas soltas que escondia onde podia.
Rasquei muito do que escrevi ao longo dos anos, porque o que escrevia um dia nos outros seguintes já queria corrigir.
Houve quem quisesse corrigir a minha escrita mas não deixei. Acho que a nossa escrita, boa, má ou assim-assim, é como a nossa impressão digital, é única.
Um dia tive a coragem de enviar um poema para a Revista Evasões (pode ver aqui) sobre um tema proposto e o mesmo foi publicado; fiquei feliz porque afinal alguém tinha gostado do que havia escrito.
Passaram-se alguns anos e ganhei de novo coragem para publicar um poema num portal de poesia e a crítica foi positiva. Continuei a publicar e enchi-me de entusiasmo, lendo as interpretações de outros que já tinham larga experiência na escrita. Um dia ouvi um dos meus poemas ser lido numa sessão pública e corei, mas gostei tanto que pensei, que afinal, em vez de escrever em folhas soltas poderia começar a partilhar as palavras antes que o vento as levasse.
Palavras Em Tons De Azul, Partilhar palavras antes que o vento as leve é onde reúno palavras de amor, crítica ou sátira, todas em tons de azul, com pitadas de humor bem misturadas e servidas em ambiente descontraído e acolhedor.
Os textos, sejam eles em forma de poesia, contos, humor ou tristeza, são autênticos desabafos, conforme os estados de alma de uma criativa de nascença em formação contínua para o aperfeiçoamento da vida
Gosto de brincar com as palavras sobre as minhas reflexões ou diferentes formas de pensar.
Posso ser delicodoce, diplomática, politicamente-correcta, ou incisiva, mas nunca indelicada.
Gosto de pessoas bem-humoradas.
Também gosto de escrever poesia que embale mas não seja demasiado doce para não enjoar.
Se acrescentar que gosto muito de música, fotografia, pintura e culinária? Será que chega para saciar a curiosidade de quem me lê?
Talvez não, mas também é muito possível, que quem me lê não tenha qualquer curiosidade sobre quem está por detrás da escrita; por outro lado, não gosto de dizer tudo, por isso acrescento apenas que alguns chamam-me criativa, outros não me chamam nada, e ainda há uns quantos outros que me chamam “chata” porque dizem que o meu telefone está sempre em silêncio.
Ah...já agora, gosto de fazer trocadilhos que para o bom entendedor basta, para os outros fica-lhes a sensação de que vim de Marte.
Virgínia Dias, Lua Azul como blogger, Gina para os amigos e Gininha para a família.
Boa leitura!
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